Por: Márcia Rocha. Pedagoga. Especialista em Política do Planejamento Pedagógico pela UNEB.
Ao assistir uma palestra no mês passado em um evento na Universidade do Federal da Bahia, na Faculdade de Educação – FACED no I Encontro de Currículo e Pesquisa em Currículo e Formação - (IN)FORMACCE, ministrada pela Drª. Terezinha Fróes Burnham onde ela abordava a questão da privatização do conhecimento me fez refletir muito sobre esta questão.
Nas minhas reflexões comecei a me confrontar com uma das mais cruéis formas de exclusão na nossa era, já que vivemos em um tempo em que o conhecimento é mola mestra e temos uma economia pautada no conhecimento, exatamente porque o maior valor que temos nos dias de hoje é a informação de valor ou o conhecimento.
Percebemos nos dias atuais uma das mais perversa e cruel forma de domínio social que é fundada na desinformação e ignorância, no controle do conhecimento, essa prática não é uma marca dos nossos tempos, pois por centenas de anos na Idade Média a Igreja Católica conseguiu manter a humanidade por mil anos na escuridão.
Durante esse período a Igreja Católica controlava o conhecimento que podia ser disponibilizado para a sociedade, que na realidade esse conhecimento permitido e disponibilizado servia na meramente para seus próprios interesses, a medida que ela retinha todo o conhecimento produzido e qualquer um que ousasse contradizer a Igreja ela condenado a fogueira sob a sentença de heresia.
Assistimos neste contexto acima o surgimento de uma forma a mais de exclusão, como se não fossem suficientes as já existentes como a racial, a social, a econômica, e tantas outras. Burnham define essa exclusão como a info-exclusão e afirma que:
(...) Contudo, verifica-se que políticas de acesso e estratégias para o desenvolvimento de uma sociedade informada longe estão de atingirem amplas faixas da população. Como conseqüência, às já conhecidas formas de exclusão sócio-econômica, agrega-se a info-exclusão, que aprofunda ainda mais a segregação entre indivíduos sociais, grupos humanos e regiões geo-políticas (...) (BURNHAM, 2005)
Considerando o conhecimento já produzido através de pesquisas e não disponibilizado como bem público em nosso país, podemos abordar alguns aspectos agravantes como o fato da produção de conhecimento ser gerada a partir do dinheiro público, através de financiamentos, bolsas de pesquisas, salários, bolsa de estudos, divulgação, intercâmbios, etc.
Trocando em miúdos, podemos afirmar que com o iluminismo não só apareceram novos conhecimentos, mas também novas dominações. E nesta conjuntura atual onde está a Igreja Católica detendo o conhecimento impedindo sua difusão? Parece-me que ela foi substituída pelo Estado que financia e controla as pesquisas, financia e controla o conhecimento, se pensarmos nas maiores, mais produtivas no sentido científico e mais importantes Universidades de nosso país, notaremos que todas que se encaixam na descrição acima são públicas.
Dessa forma hoje quem não disponibiliza o conhecimento produzido com o dinheiro público é o Estado através de suas instituições e de suas formas de complicar e burocratizar, dificultando o acesso da massa a este conhecimento pago com financiamento público.
Perguntas pertinentes: Presenciamos hoje a privatização de recursos públicos? Onde podemos ter acesso a teses de financiamento muito caro, de doutorado que são pagas com dinheiro público? Será que a ética permite que o autor dessa tese passe a ter controle absoluto sobre a sua pesquisa, podendo convertê-la em livro e vender para quem através de impostos financiou tal conhecimento? O que estamos presenciando é o dinheiro público sendo desviado de forma aberta e explicita para o patrimônio particular do ex-bolsista.
O que defendo é a universalização desses conhecimentos que é público, defendo também a os direitos autorais dos autores, porém impedir o acesso a esse conhecimento ultrapassa o que chamamos de antiético. As universidades públicas têm o dever para com todo o cidadão brasileiro que pagam por esse conhecimento, de divulgar tais produções de forma a atingir todos seja pela internet ou por outro meio sem um segundo custo.
Referência
BURNHAM, Teresinha Fróes. Da sociedade da informação à sociedade da aprendizagem: cidadania e participação sócio política na (in)formação do trabalhador. 2005. Disponível em:
http://dici.ibict.br/archive/00000465/01/TeresinhaFroesBurnhamSociedadedaAprendizagem.pdf
Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:
A ausência de ética na privatização do conhecimento publicado 9/05/2011 por Márcia Márcia Cristina Rocha de Sousa Vieira em http://www.webartigos.com
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/65693/1/A-ausencia-de-etica-na-privatizacao-do-conhecimento-/pagina1.html#ixzz1NruNbsyN

Profª. Márcia Rocha é pedagoga pela Universidade do Estado da Bahia,possui duas especializações: Interdisciplinaridade e Política do Planejamento Pedagógico. É presidente do Conselho Municipal de Educação do município de Valença(2010 - 2012). Atuou como coordenadora do Curso de pedagogia FAZAG (2008 - 2010)atualmente é professora de graduação da FAZAG, Coord. Pedagógica do município de Valença-BA, profª. do curso de pedagogia da UNEB pela PARFOR, presta consultoria para a Editora Moderna.
FORMATURA DE PEDAGOGIA DA UNEB
RIBEIRA DO AMPARO
sábado, 18 de dezembro de 2010
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Minhas andanças
Minhas andanças
INGLATERRA - LONDRES
Big Ben |
Parlamento Inglês |
Palácio de Windsor |
Torre Eifel
Museu do Louvre Pertinho da Monalisa - Leonardo da Vinci |
Museu do Louvre |
Palácio e jardins de Versalhes
Sala dos espelhos |
Jardins |
BELGICA
Grand Place de Bruxelas |
A praça que Victor Hugo escritor francês do séc XIX, considerou a mais bela do mundo. |
Atomium
HOLANDA
Amsterdam |
ESPANHA
Madri |
Plaza Maior |
Plaza de Toros |
Cidade de Toledo |
San Sebastian - Espanha |
San Sebastian |
Grécia
Acrópole de Atenas |
Atenas |
PORTUGAL
ITALIA
domingo, 21 de novembro de 2010
EM VISITA A UNIVERSIDADE DE ATENAS - GRÉCIA
UNIVERSIDADE DE ATENAS
A Universidade de Atenas, oficialmente chamada Universidade Nacional Capodistriana de Atenas (Εθνικόν και Καποδιστριακόν Πανεπιστήμιον Αθηνών, em grego) foi fundada em 3 de abril 1837, por iniciativa do rei Otto I da Grécia
Entrada principal
Prédio lateral
Platão e Aristóteles
Auditório
Márcio cumprimentando o diretor da Faculdade de Filosofia
II Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão Faced/UFBA
SIEPE II - FACED O tempo não para"
Apresentando trabalho sobre "Curriculo na escola prisional".
II Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão Faced/UFBA
sábado, 20 de novembro de 2010
A EJA vai até a Faculdade FAZAG
Os alunos de pedagogia da FAZAG leva a EJA da Escola Municipal Educativa até a FAZAG
mas antes fomos até a EJA
Com Rita a coordenadora da Escola Educativa
A FAZAG vai até a EJA
Agora a EJA vem até a FAZAG
Brinquedoteca
Em visita a biblioteca
Sala de aula
Alunas de pedagogia
A EJA nos espaços da FAZAG
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