sábado, 18 de dezembro de 2010

A ausência de ética na privatização do conhecimento

Por: Márcia Rocha. Pedagoga. Especialista em Política do Planejamento Pedagógico pela UNEB.

Ao assistir uma palestra no mês passado em um evento na Universidade do Federal da Bahia, na Faculdade de Educação – FACED no I Encontro de Currículo e Pesquisa em Currículo e Formação - (IN)FORMACCE, ministrada pela Drª. Terezinha Fróes Burnham onde ela abordava a questão da privatização do conhecimento me fez refletir muito sobre esta questão.

Nas minhas reflexões comecei a me confrontar com uma das mais cruéis formas de exclusão na nossa era, já que vivemos em um tempo em que o conhecimento é mola mestra e temos uma economia pautada no conhecimento, exatamente porque o maior valor que temos nos dias de hoje é a informação de valor ou o conhecimento.

Percebemos nos dias atuais uma das mais perversa e cruel forma de domínio social que é fundada na desinformação e ignorância, no controle do conhecimento, essa prática não é uma marca dos nossos tempos, pois por centenas de anos na Idade Média a Igreja Católica conseguiu manter a humanidade por mil anos na escuridão.

Durante esse período a Igreja Católica controlava o conhecimento que podia ser disponibilizado para a sociedade, que na realidade esse conhecimento permitido e disponibilizado servia na meramente para seus próprios interesses, a medida que ela retinha todo o conhecimento produzido e qualquer um que ousasse contradizer a Igreja ela condenado a fogueira sob a sentença de heresia.

Assistimos neste contexto acima o surgimento de uma forma a mais de exclusão, como se não fossem suficientes as já existentes como a racial, a social, a econômica, e tantas outras. Burnham define essa exclusão como a info-exclusão e afirma que:



(...) Contudo, verifica-se que políticas de acesso e estratégias para o desenvolvimento de uma sociedade informada longe estão de atingirem amplas faixas da população. Como conseqüência, às já conhecidas formas de exclusão sócio-econômica, agrega-se a info-exclusão, que aprofunda ainda mais a segregação entre indivíduos sociais, grupos humanos e regiões geo-políticas (...) (BURNHAM, 2005)



Considerando o conhecimento já produzido através de pesquisas e não disponibilizado como bem público em nosso país, podemos abordar alguns aspectos agravantes como o fato da produção de conhecimento ser gerada a partir do dinheiro público, através de financiamentos, bolsas de pesquisas, salários, bolsa de estudos, divulgação, intercâmbios, etc.

Trocando em miúdos, podemos afirmar que com o iluminismo não só apareceram novos conhecimentos, mas também novas dominações. E nesta conjuntura atual onde está a Igreja Católica detendo o conhecimento impedindo sua difusão? Parece-me que ela foi substituída pelo Estado que financia e controla as pesquisas, financia e controla o conhecimento, se pensarmos nas maiores, mais produtivas no sentido científico e mais importantes Universidades de nosso país, notaremos que todas que se encaixam na descrição acima são públicas.

Dessa forma hoje quem não disponibiliza o conhecimento produzido com o dinheiro público é o Estado através de suas instituições e de suas formas de complicar e burocratizar, dificultando o acesso da massa a este conhecimento pago com financiamento público.

Perguntas pertinentes: Presenciamos hoje a privatização de recursos públicos? Onde podemos ter acesso a teses de financiamento muito caro, de doutorado que são pagas com dinheiro público? Será que a ética permite que o autor dessa tese passe a ter controle absoluto sobre a sua pesquisa, podendo convertê-la em livro e vender para quem através de impostos financiou tal conhecimento? O que estamos presenciando é o dinheiro público sendo desviado de forma aberta e explicita para o patrimônio particular do ex-bolsista.

O que defendo é a universalização desses conhecimentos que é público, defendo também a os direitos autorais dos autores, porém impedir o acesso a esse conhecimento ultrapassa o que chamamos de antiético. As universidades públicas têm o dever para com todo o cidadão brasileiro que pagam por esse conhecimento, de divulgar tais produções de forma a atingir todos seja pela internet ou por outro meio sem um segundo custo.



Referência

BURNHAM, Teresinha Fróes. Da sociedade da informação à sociedade da aprendizagem: cidadania e participação sócio política na (in)formação do trabalhador. 2005. Disponível em:
http://dici.ibict.br/archive/00000465/01/TeresinhaFroesBurnhamSociedadedaAprendizagem.pdf


Ao usar este artigo, mantenha os links e faça referência ao autor:

A ausência de ética na privatização do conhecimento publicado 9/05/2011 por Márcia Márcia Cristina Rocha de Sousa Vieira em http://www.webartigos.com

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/65693/1/A-ausencia-de-etica-na-privatizacao-do-conhecimento-/pagina1.html#ixzz1NruNbsyN

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Minhas andanças

Minhas andanças

INGLATERRA - LONDRES



Big Ben



Parlamento Inglês


Palácio de Windsor


FRANÇA
Torre Eifel

Museu do Louvre
Pertinho da Monalisa - Leonardo da Vinci



Museu do Louvre

Palácio e jardins de Versalhes


Sala dos espelhos


Jardins

BELGICA


Grand Place de Bruxelas

A praça que Victor Hugo escritor francês do séc XIX, considerou a mais bela do mundo.
Atomium
O Atomium foi construído em 1958 em Bruxelas no âmbito da Expo 58. Com 103 metros de altura, o Atomium representa um cristal elementar de ferro ampliado 165 bilhões de vezes, com tubos que ligam as 9 partes formando 8 vértices
HOLANDA

Amsterdam
Os canais do Rio Amster

ESPANHA

Madri

Plaza Maior


Plaza de Toros
Cidade de Toledo

San Sebastian - Espanha


San Sebastian

 Grécia
Acrópole de Atenas

Atenas


PORTUGAL





ITALIA


FONTANA DI TREVI ROMA



Coliseu de Roma







domingo, 21 de novembro de 2010

EM VISITA A UNIVERSIDADE DE ATENAS - GRÉCIA

UNIVERSIDADE DE ATENAS

A Universidade de Atenas, oficialmente chamada Universidade Nacional Capodistriana de Atenas (Εθνικόν και Καποδιστριακόν Πανεπιστήμιον Αθηνών, em grego) foi fundada em 3 de abril 1837, por iniciativa do rei Otto I da Grécia




Entrada principal




Prédio lateral

Platão e Aristóteles

 





 Auditório




 Márcio cumprimentando o diretor da Faculdade de Filosofia












II Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão Faced/UFBA

SIEPE II - FACED O tempo não para"

Apresentando trabalho sobre "Curriculo na escola prisional".




II Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão Faced/UFBA

sábado, 20 de novembro de 2010

A EJA vai até a Faculdade FAZAG

Os alunos de pedagogia da FAZAG leva a EJA da Escola Municipal Educativa até a FAZAG
mas antes fomos até a EJA

Com Rita a coordenadora da Escola Educativa


A FAZAG vai até a EJA


Agora a EJA vem até a FAZAG


Brinquedoteca


Em visita a biblioteca


Sala de aula



 Alunas de pedagogia


A EJA nos espaços da FAZAG